Porque celebramos a Festa dos Tabernáculos
Data: 15.8.2023Por David Parsons, Vice-Presidente & Porta-Voz Senior da ICEJ
Traduzido por Julia La Ferrera
“Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos.” Zacarias 14:16
A Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém está se preparando para receber milhares de cristãos em Israel mais uma vez para nossa alegre e colorida celebração da Festa dos Tabernáculos, de 29 de setembro a 6 de outubro de 2023. Alguns podem perguntar por que esses cristãos estão vindo a Jerusalém para manter esta Celebração? Afinal, não é um “feriado judaico”?
A resposta está no significado universal desta antiga festa bíblica, que tem relevância passada, presente e futura para todas as nações.
Cada feriado bíblico dado ao povo judeu tem esses três aspectos. Israel foi ordenado a observar o feriado no presente para se lembrar de algo que Deus fez no passado e por causa de algum futuro propósito profético oculto em cada festival.
Assim, os judeus iniciam o Shabat todas as semanas acendendo duas velas, que significam “Guardar” e “Lembrar”. Ao fazer isso, eles se lembram hoje de como Deus descansou no sétimo dia da Criação, enquanto também aguardam o descanso milenar prometido para toda a terra.
Da mesma forma, a Páscoa e o Pentecostes relembram o grande Êxodo do Egito e a promulgação da lei no Sinai, enquanto seus propósitos proféticos ocultos foram cumpridos na morte e ressurreição de Jesus e no nascimento da Igreja cinquenta dias depois.
A Festa dos Tabernáculos, ou Sucot, é o terceiro grande festival anual de peregrinação, quando o povo judeu se reúne em Jerusalém não apenas para lembrar a provisão de Deus no deserto, mas também para olhar adiante para a prometida era messiânica, quando todas as nações afluirão a Jerusalém para adorar ao Senhor.
Uma Festa Para Todos os Povos
Tabernáculos é diferente dos outros festivais de peregrinação, pois não apenas os judeus, mas todas as nações também foram convidadas nos tempos antigos a subir a Jerusalém nesta época para adorar o Senhor ao lado do povo judeu. Esta tradição surgiu pela primeira vez do comando dado a Moisés para que Israel sacrificasse setenta touros em Sucot, que foram oferecidos pelas setenta nações descendentes de Noé (ver Números 29:12-35).
Quando Salomão mais tarde dedicou seu Templo em Sucot, ele também invocou o Senhor para ouvir as orações de todos os estrangeiros que viessem ali para orar (2 Crônicas 6:32-33). Assim, Jerusalém e o próprio Templo foram destinados desde o início a ser uma “casa de oração para todas as nações” (Isaías 56:7; Mateus 21:13).
Um segundo aspecto único de Sucot é que é uma festa de alegria. É uma festa da colheita de outono a ser marcada com grande regozijo na colheita do fruto da terra. Israel também foi chamada para instruir as nações nas leis de Deus e o povo deveria se alegrar nessa tarefa. Assim, Sucot também serve como um prenúncio da alegre reunião das nações nos últimos dias.
O Passado: Relembrando a Provisão de Deus
O símbolo mais visível de Sucot é a pequena cabana ou barraca na qual os israelitas foram ordenados a habitar durante os oito dias da Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:33-43). Famílias judias em Israel constroem essas cabanas em seus quintais e varandas e as decoram com frutas coloridas, fitas e fotos. Algumas famílias fazem suas refeições na sucá e até dormem lá à noite.
Essas barracas frágeis servem como um lembrete para Israel de que eles já moraram em cabanas improvisadas durante seus quarenta anos no deserto. Era um ambiente difícil e eles eram totalmente dependentes do Senhor. No entanto, durante esse tempo, Deus sempre foi fiel em fornecer água, maná, codornas e tudo o mais necessário para sustentá-los no deserto estéril. Ele até era uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite – uma sombra no sol do meio-dia e depois calor e luz na escuridão.
Na verdade, Ele é Jeová Jireh, o “Senhor que Provê”, e Ele mesmo se ofereceu como sacrifício para nossa salvação (Gênesis 22:14). Portanto, há todos os motivos para os cristãos também celebrarem a provisão fiel do Senhor em nossas vidas em Sucot.
O Presente: Celebrando Sua Presença Hoje
Sucot também marca a coleta da colheita no final da temporada de verão, fornecendo sustento para o próximo inverno. Isso inclui a colheita de tâmaras maduras, uvas, figos, azeitonas e romãs – entre as sete espécies nativas da Terra. Atualmente também há uma grande colheita de almas de todos os cantos do mundo para o Reino de Deus. Isso também nos dá motivos para comemorar, pois os cristãos de todo o mundo se reúnem para adorar o Senhor juntos em Jerusalém, em Sucot.
Pode surpreender alguns, mas Jesus também celebrou a Festa dos Tabernáculos. O livro de João, no capítulo 7, nos conta que um ano os discípulos subiram a Jerusalém para Sucot, mas Jesus ficou para trás e depois subiu secretamente. Então, no último “grande dia da festa”, ele ficou no pátio do Templo e clamou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (João 7:37-38)
Assim, Sucot é um tempo para os cristãos se regozijarem na presença permanente do Espírito Santo em nossos vasos de barro.
O Futuro: Entrando na Alegria do Senhor
O profeta Zacarias prediz uma época em que todas as nações subirão a Jerusalém de ano em ano para “adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zacarias 14:16). Assim, observamos Sucot agora por causa desse futuro propósito profético oculto neste festival único que em breve será revelado – e tem a ver com a segunda vinda do Senhor.
Ao longo da Era Messiânica, o mundo inteiro celebrará a Festa dos Tabernáculos porque marcará o retorno de Jesus à terra. Por mil anos, olharemos para o dia de sua aparição para assumir o trono de Davi em Jerusalém e julgar o mundo com justiça e paz.
Naquela época, todas as nações seriam obrigadas a participar desta reunião anual, mas por enquanto é voluntária. No entanto, quando os cristãos se reúnem em Jerusalém agora para celebrar a Festa dos Tabernáculos, serve como uma poderosa declaração de fé que acreditamos que o dia está chegando quando a terra finalmente descansará no Messias, o Rei de Israel.
Nos últimos quarenta e três anos, milhares de cristãos de todo o mundo vêm a Jerusalém a cada outono para celebrar a Festa dos Tabernáculos, patrocinada pela Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém. Eles vêm com muita expectativa para participar de uma experiência de adoração dinâmica, sabendo que Aquele a quem adoramos logo estará sentado em Seu trono nesta grande cidade. De fato, celebrar Sucot agora nos dá uma amostra da alegria da era que está por vir.
Ainda dá tempo de se juntar a nós pessoalmente ou online para a Festa dos Tabernáculos 2023! Para se inscrever ou saber mais, acesse: feast.icej.org