Maria cumprindo seu destino ajudando sobreviventes do Holocausto
Data: 18.4.2023Por Annaliese Johnson
Traduzido por Julia La Ferrera
Um dos projetos de maior impacto da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém é nosso Lar Haifa para Sobreviventes do Holocausto, um porto seguro para cerca de 60 residentes que sobreviveram aos horrores do genocídio nazista. Os residentes recebem cuidados diários de funcionários amorosos, incluindo nossa mais nova integrante da equipe da ICEJ, Maria Grinfeld.
Maria nasceu na Rússia, casou-se com um judeu e depois mudou-se para Israel com o marido em um voo de Aliá patrocinado pela Embaixada Cristã. Três anos depois, ela começou a trabalhar meio período como voluntária no Lar Haifa e, recentemente, tornou-se funcionária em período integral, onde sua gentileza e experiência causaram um impacto instantâneo nos residentes e também na equipe.
“Depois de pisar na Terra de Israel, eu me perguntava constantemente: ‘Como posso servir a este país? Como meus conhecimentos e qualificações podem ser úteis para o povo judeu?’”, disse ela.
Maria sabia que se ela abrisse seu coração ao Senhor, Ele o encheria de amor e conforto para a nação e o povo de Israel, de acordo com Isaías 40:1. Depois de entrar em contato com Yudit Setz, chefe de nossa equipe do Lar Haifa, ela assumiu como missão trazer uma nova esperança aos sobreviventes do Holocausto que vivem lá.
A tarefa mais importante para quem trabalha no Lar Haifa é fazer com que todos os residentes se sintam verdadeiramente em casa. A presença de Maria tem feito exatamente isso, pois ela tem sido uma bênção e alegria para todos os envolvidos.
O primeiro passo prático é entender as necessidades dos residentes, o que Maria é capaz de fazer por meio de sua linguagem e habilidades interpessoais. Maria fala inglês, russo e hebraico e, portanto, pode entender e comunicar com eficácia as necessidades e desejos dos residentes, especialmente daqueles que chegaram recentemente da Ucrânia e da Rússia. Muitos deles, muitas vezes são dominados por sentimentos de solidão e abandono depois de terem que deixar para trás tudo o que conheciam, como uma residente ucraniana de 89 anos que foi abalada por ataques aéreos no início da invasão russa no ano passado, da mesma forma que foi pela invasão alemã durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais do que apenas entender suas palavras, Maria se concentra em entender o coração dos moradores. Ela descobre que eles anseiam por conexões genuínas com pessoas que possam se relacionar com eles.
“Apesar de serem todos mais velhos do que eu, consigo compreender não só a sua língua, mas também a sua cultura e o país onde cresceram,” explicou Maria. “Tenho muita alegria em visitá-los e encorajá-los a continuar a viver e não sentir-se desanimado.”
Juntamente com Simcha, a fisioterapeuta da nossa equipe, Maria levou recentemente vários residentes ao IKEA para adquirirem artigos básicos para os seus novos apartamentos. Uma das mulheres, de 85 anos, havia acabado de chegar a Israel com nada além de uma roupa e uma escova de dentes. Ela e os outros imigrantes da Ucrânia fugiram de suas casas quase sem nada, mas com a ajuda linguística de Maria e a atenção de Simcha, eles conseguiram comprar todas as roupas de cama e utensílios domésticos de que precisavam.
Depois de ajudar os residentes a se instalarem, Maria iniciou o projeto de longo prazo de conectá-los com Israel, ensinando-lhes a língua hebraica. A cada semana, Maria se reúne com cerca de dez ‘estudantes’ em torno de uma mesa para companheirismo e aulas de hebraico. Sabendo da dificuldade em aprender novos idiomas, ela fica ainda mais orgulhosa de seus alunos quando seus rostos brilham ao reconhecer uma nova palavra.
“É minha maior alegria ver que meus alunos estão tendo sucesso. Sempre foi e sempre será”, expressou Maria. “Nunca me imaginei ensinando hebraico para alunos tão idosos, mas estou maravilhada com o que Deus tem feito por meio dessa iniciativa.”
Quando questionada sobre o que ela mais gosta em trabalhar no Lar Haifa, o rosto de Maria se iluminou.
“Gosto de trabalhar com a equipe da ICEJ, porque temos uma equipe muito especial com pessoas especiais. Posso aprender muito com eles”, disse ela. “Vi Yudit tratar os residentes com amor e carinho como se fossem seus próprios filhos, o que fortaleceu meu desejo de ajudar. Aos poucos, senti que este era o lugar para eu estar.”
“Meu objetivo é trazer o máximo de luz possível para suas vidas, incentivá-los a seguir em frente. Isso porque eles deixaram tudo, inclusive os amigos. Eu quero que eles vejam que Israel é um bom país onde eles podem continuar suas vidas. Trabalhando no Lar Haifa, posso cumprir meu destino”, acrescentou.
A ICEJ é muito grata pelo compromisso e paixão de Maria por melhorar a vida dos residentes do Lar Haifa.
Por favor, considere fazer parceria conosco enquanto continuamos a oferecer amor, esperança e apoio aos sobreviventes do Holocausto sob nossos cuidados no Haifa Home. Doe hoje em: give.icej.org/survivors