Por Laurina Driesse
Traduzido por Julia La Ferrera

Durante esta época especial em que o milagre de Chanucá é celebrado, muitos novos imigrantes judeus em Israel esperam por seu próprio pequeno milagre.

Na semana que antecedeu o Chanucá, Nicole Yoder, vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá, recebeu um telefonema inesperado de Tatiyana, moradora de Carmiel, no norte de Israel. Ela explicou como estava recebendo centenas de telefonemas de novas famílias de imigrantes desesperadas e como, junto com outros moradores locais, eles estavam fazendo o possível para ajudá-los.

Fazer Aliá é um processo demorado e, nestes tempos de incerteza, muitas famílias dos países FSU (Ex-União Soviética) estão nervosas sobre como os eventos mundiais atuais podem afetar suas vidas. O resultado final é que aqueles que podem, estão vindo diretamente para Israel para iniciar o processo de Aliá, em vez de esperar para receber um visto de Aliá antes de partir. Existem milhares considerando Aliá e por isso as filas são longas. Aqueles que podem pagar o alto custo das passagens aéreas, voam para qualquer destino que podem e de lá seguem para Israel, geralmente chegando com apenas algumas malas cheias de itens essenciais. No entanto, aqueles que seguem esse caminho devem esperar que sua papelada seja processada antes de começar a acessar a assistência do governo. Este mês ou dois de espera é caro e nem todos têm recursos suficientes para preencher essa lacuna com sucesso até que possam começar a trabalhar.

Tatiyana explicou como algumas famílias precisavam de ajuda para encontrar um apartamento com um proprietário que aceitasse pagamentos em dinheiro, mas agora que estão no apartamento, não têm absolutamente nada. A maior parte de seus fundos foi gasta em passagens aéreas e acomodação. “Eles estão dormindo no chão frio e duro de ladrilhos. Eles não têm camas ou cobertores. Uma família tinha 3 NIS sobrando, e os pais estavam colocando suas próprias roupas sobre os filhos para mantê-los aquecidos”, Tatiyana compartilhou com um suspiro.

“Meu coração ficou tão tocado quando recebi a ligação. É muito difícil ver o outro sofrendo e pedindo ajuda e depois não ter recursos para dar o que ele precisa”, disse Nicole.

Depois daquele telefonema, Nicole soube imediatamente que precisava fazer alguma coisa. Ela começou a olhar em volta para ver o que tinha em mãos. Ela encontrou algumas panelas novas de uma distribuição de Páscoa, pequenos cobertores e meias tricotados à mão dados por nossos amigos finlandeses, colchas de tamanho infantil cuidadosamente feitas e um grande saco de roupas de inverno novas recebidas de nossos amigos nos Estados Unidos e toalhas novas trazidas por amigos da ICEJ em suas malas para a Festa dos Tabernáculos, justamente para essas ocasiões. Em seguida, Nicole saiu para comprar cobertores adicionais e outros itens de cama e rapidamente preparou lindos pacotes de presentes “We Care” (Nós nos importamos) da ICEJ para 20 famílias de imigrantes judeus. Lembrando que o Hanukkah estava se aproximando, ela deu um toque especial escrevendo “Feliz Chanucá” no cartão para cada um. Cada família também recebeu um vale-presente que permitia a compra de alimentos ou utensílios domésticos de acordo com sua necessidade.

Com um veículo totalmente lotado, Nicole seguiu em direção a Carmiel. Tatiyana, ela própria uma imigrante, se emocionou ao ver todos os pacotes de presentes. “Ela colocou as duas mãos sobre o rosto para esconder as lágrimas”, disse Nicole, pois ela também tinha lágrimas nos olhos. O que começou como um aperto de mão solene rapidamente se transformou em um abraço caloroso que expressava gratidão além das palavras.

“Tatiyana confidenciou que alguns imigrantes desanimados sentiam que ninguém se importava. Ela disse a eles: ‘Ouça, é quase Chanucá. Talvez haja um milagre de Chanucá‘”, compartilhou Nicole. “Que alegria ser o milagre de Chanucá de alguém e dar os pacotes de presente em uma sacola da ICEJ com as palavras ‘We Care’ (Nós nos importamos) impressas nela!”

Imediatamente Tatiyana entrou em contato com sua equipe para avisá-los de que tinham presentes para distribuir e avisar as famílias para virem buscar o pacote.

“Imagine os desafios que essas famílias enfrentam e os medos que os fizeram fugir quase sem nada. Espero que eles concluam rapidamente o processo de Aliá para que possam começar a receber ajuda inicial do governo e procurar emprego. Estou tão feliz que eles chegaram. É muito importante recebê-los bem e mostrar que realmente nos importamos”, comentou Nicole.
Um enorme obrigado a todos os nossos amigos maravilhosos que permitem que a ICEJ demonstre amor e carinho pelos novos imigrantes, que muitas vezes se sentem sobrecarregados e solitários quando aterrissam e precisam começar a se aclimatar a um novo lugar. Continue apoiando o trabalho de Aliá e Integração da ICEJ, doando em: give.icej.org/aliyah