ICEJ apoia um abrigo que restaura a esperança para mulheres necessitadas
Data: 28.11.2022Por Laurina Driesse
Traduzido por Julia La Ferrera
Um pequeno refúgio no sul de Israel está fornecendo um local de segurança para mulheres israelenses vítimas de abuso, traumatizadas e sem-teto, graças à ajuda da ICEJ.
Situado em Berseba, este santuário abriga mulheres israelenses de todas as esferas da vida, cada uma com sua própria história para contar. Elas são encaminhadas ao abrigo pelos serviços sociais israelenses, ou por organizações antiviolência, instalações de desintoxicação e amigos ou familiares.
As mulheres que chegam a esse abrigo geralmente não se qualificam para nenhum programa social existente e, portanto, o Estado não pode atendê-las. Isso inclui, por exemplo, vítimas de abuso que não sofrem danos psiquiátricos graves o suficiente para serem tratadas em um hospital ou albergue especial, mas ao mesmo tempo não são mentalmente estáveis o suficiente para lidar com uma vida normal. Eles também acolhem mulheres que não se qualificam para um abrigo para mulheres espancadas se o marido abusivo for preso. Muitas vezes, essas mulheres podem não ter um teto sobre a cabeça ou qualquer outro meio de sobrevivência. A situação é ainda mais complicada nos casos em que envolve novos imigrantes que não têm o apoio de familiares e amigos próximos. Em situações como essas, este abrigo especial intervém.
“Nosso abrigo está lá para mostrar o amor de Deus em ação, para proporcionar um ambiente tranquilo e familiar (não apenas moradia) e cercá-las de pessoas que realmente se importam com elas e estão ansiosas para se tornar sua família de apoio”, compartilha Tatyana, gerente do abrigo.
Funcionários dedicados trabalham em estreita colaboração com os serviços sociais para cada mulher, reunindo-se semanalmente com um comitê de aconselhamento para ajudar as mulheres a resolver seus problemas sociais e legais. Eles também os preparam para viver de forma independente.
Algumas mulheres permanecem no abrigo apenas por alguns dias, enquanto outras podem permanecer por até um ano ou mais, dependendo de suas circunstâncias. No ano passado, 14 novas mulheres buscaram refúgio lá.
A generosidade de nossos doadores permitiu que a ICEJ fosse fundamental no estabelecimento deste abrigo, que não apenas oferece um local de segurança e descanso, mas também orienta e incentiva as mulheres.
“Essas mulheres chegam quebradas e incapazes de encontrar o caminho sozinhas”, explica Nicole Yoder, vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá. “Devido ao apoio de mentoria e assistência prática que elas recebem lá, as mulheres vão embora sabendo que são amadas e que há esperança e um bom futuro reservado para elas. Estamos honrados em ajudar a fornecer a elas uma oportunidade de se reagrupar e começar de novo.”
Anat* foi vítima de abuso sexual com graves problemas psiquiátricos. Enquanto estava no abrigo, ela foi ajudada a solicitar um subsídio de invalidez e outros benefícios. Depois de ficar um ano, ela conseguiu se mudar para um albergue para pessoas com condições semelhantes. Seu mentor mantém contato e temos o prazer de informar que ela agora está bem e também está em contato com sua família.
Aqui na Embaixada Cristã, temos um desejo profundo de ver as famílias em Israel fortalecidas e, portanto, estamos emocionados ao ver como as vidas estão sendo transformadas e as famílias reunidas devido ao nosso apoio a este abrigo. Recentemente, Jasmine*, uma mãe solteira que chegou com seu bebê, se despediu após uma estadia de 18 meses. Não foi uma jornada fácil, no entanto. Depois de estar no abrigo por seis meses, os serviços sociais concordaram em devolver para ela, de um lar adotivo, seu filho mais velho. Desde que deixou o abrigo, Jasmine encontrou emprego e se mudou para um apartamento alugado. Mais boas notícias se seguiram, já que os serviços sociais agora estão se preparando para lhe devolver seus outros dois filhos também.
Entre os recém-chegados ao abrigo está Sarah*, de 67 anos, que fugiu para Israel para escapar de um marido violento que ameaçou matá-la. O abrigo tornou-se um refúgio para ela e ajudou a obter seu status legal e benefícios sociais, bem como a encontrar emprego e prepará-la para uma vida independente.
Enquanto isso, Karen*, uma recém-chegada de quarenta e poucos anos, havia se voltado para o álcool para aliviar a dor de viver com um marido abusivo. O que era uma ferramenta para anestesiar a dor se tornou um vício. Mas estamos empolgados em compartilhar que ela completou o processo de desintoxicação muito rapidamente e milagrosamente agora está recuperada. Karen gosta de participar dos jantares de Shabat do abrigo e a gerente do abrigo, Tatyana, está dedicando muito tempo para ensiná-la e orientá-la.
Betty* (24 anos) nasceu em Israel de pais imigrantes russos. Seu pai, a quem ela era muito apegada, abusava de drogas e álcool. Quando Betty tinha 12 anos, seus pais se divorciaram, deixando-a arrasada. Embora tivesse conhecimento de Deus, ela lutava com questões de identidade e achava difícil relacionar-se com os amigos. No exército, ela encontrou amigos e um lugar para brilhar, onde suas habilidades naturais de liderança lhe renderam uma posição de responsabilidade em sua unidade. Dedicou-se integralmente ao seu trabalho, que incluía muitos turnos noturnos, em detrimento da própria saúde. Logo, a falta de sono, o estresse constante, os maus hábitos alimentares e a falta de nutrição cobraram seu preço.
Quando Betty completou seu serviço militar e entrou na vida civil, ela começou a sofrer fortes dores de cabeça com dores que se estendiam ao pescoço e ao resto do corpo. Após várias consultas médicas, ela foi diagnosticada com fibromialgia. Ela tentou medicamentos diferentes, mas nada parecia ajudá-la, até que alguém sugeriu que ela experimentasse cannabis medicinal. Isso deu algum alívio da dor, mas a droga também nublou seu pensamento e deteriorou seu estado emocional. Ela logo caiu na companhia de amigos que fumavam maconha recreativamente e eles se tornaram uma má influência para ela.
Quando Betty encontrou o caminho para o abrigo, ela finalmente conseguiu se livrar da cannabis e de outros medicamentos psiquiátricos que ela usou para tratar a fibromialgia. Hoje, Betty também restaurou seu relacionamento com Deus e não sofre mais de depressão. Agora sentindo um novo sopro de vida, ela está aprendendo a cuidar de si mesma comendo de forma saudável e exercitando-se regularmente. Como Betty disse: “Quero continuar lutando pela minha vida!” Essa mudança foi possível devido ao apoio que ela recebeu no abrigo.
Seu generoso apoio teve um impacto positivo não apenas na vida de Betty, mas na vida de outras mulheres israelenses no abrigo. Obrigado por restaurar a esperança às mulheres que estão sofrendo e em crise.
Para nos ajudar a oferecer um Futuro e uma Esperança a muitos outros, faça uma doação hoje, usando o botão abaixo.
*Os nomes foram alterados para proteger a privacidade.