ICEJ VP of Aid and Aliyah Nicole Yoder (L) hands a gift bag to new immigrants.
Por Nativia Samuelsen
Traduzido por Julia La Ferrera

“O desejo de construir um futuro, mesmo diante da adversidade, leva muitos a Israel.”

Essa percepção aguçada veio recentemente do presidente da Agência Judaica, Doron Almog, para explicar por que tantas famílias judias estão imigrando para Israel, apesar do conflito em andamento aqui. De fato, mais de 32.000 judeus fizeram Aliá no ano passado, mesmo em meio à intensa luta em várias frentes.

Com o apoio da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, mais de 40 famílias judias estão agora tendo a chance de um novo começo em Israel por meio do programa ‘First Home in the Homeland’ (Primeiro Lar na Terra Natal). A ICEJ está ajudando a patrocinar suas novas casas no Kibutz Merchavia, onde aprenderão a falar hebraico e se integrarão à sociedade israelense. Este programa ‘First Home’ (Primeiro Lar) é uma iniciativa de habitação e absorção de sucesso único que é oferecida em mais de 50 kibutzim em Israel.

O programa fornece uma estrutura para novos imigrantes se adaptarem à vida em Israel. Durante seus seis a doze meses iniciais na terra, os participantes fazem cursos intensivos de hebraico e workshops sobre a vida diária, e recebem apoio para encontrar trabalho. Essas etapas são essenciais para famílias que deixaram para trás suas casas, carreiras e comunidades para voltar para casa em Israel.

“Muitos vêm de lugares muito diferentes de Israel, e leva tempo para se ajustar e encontrar seus lugares”, explicou Nicole Yoder, vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá, após uma visita recente às 40 famílias recém-chegadas apoiadas pela Embaixada Cristã. “Vir para uma comunidade estabelecida que fornece um lar e suporte total para todas as necessidades básicas dos imigrantes é um presente tremendo. Estamos entusiasmados em ajudar a tornar isso possível.”

Mas a violência de 7 de outubro de 2023 testou a força do programa de maneiras que ninguém poderia imaginar. Famílias que se estabeleceram em vilas perto de Gaza de repente se viram à mercê de foguetes e gangues de terroristas. Uma família, apenas algumas semanas em sua nova vida em Israel, foi evacuada após os ataques, mas seus corações nunca deixaram o kibutz. Após meses de incerteza, eles retornaram — determinados a reconstruir e retribuir à comunidade que os acolheu.

“Lembro-me de receber a primeira inscrição de uma família querendo vir para Israel depois de 7 de outubro, e então recebemos outra, e outra. Foi tão emocionante ver tantos ainda ansiosos para vir”, disse Valeria, uma ex-participante que agora ajuda a coordenar o programa ‘First Home’ da Agência Judaica. “Muitos desses recém-chegados são médicos, cientistas e educadores — e todos eles disseram a mesma coisa: ‘Queremos estar lá agora mesmo, para ajudar.’”

A história de Valeria é um exemplo poderoso do impacto do programa. Cinco anos atrás, ela deixou a Europa Oriental com seu marido e filho pequeno, movida pelo desejo de se reconectar com suas raízes judaicas depois de buscar sua identidade por toda a vida. Ela também queria proporcionar um futuro mais brilhante para sua família.

“Eu tinha tudo em casa, mas faltava alguma coisa”, ela refletiu.

Depois de anos de busca, ela finalmente encontrou a peça que faltava em Israel. O programa lhe forneceu recursos essenciais e um senso de pertencimento, ajudando-a a navegar pelas complexidades da vida israelense. Agora, Valeria usa sua própria experiência para orientar os recém-chegados.

“Nós planejamos ficar aqui por seis meses a um ano. Isso se transformou em cinco anos, e agora achamos que será pelo resto de nossas vidas”, ela garantiu.

“A parte mais bonita do meu trabalho é assistir à transformação. Vejo como crianças do Brasil começam a falar hebraico e conseguem se comunicar sem esforço com crianças do Leste Europeu. Vejo famílias — antes com medo e incertas de viver em Israel — crescerem e se tornarem membros confiantes e prósperos da nossa comunidade. Elas encontram empregos, constroem relacionamentos e começam suas novas vidas.”

Alina and Sasha Dreiman from Ukraine.
Alina e Sasha Dreiman da Ucrânia.

Para famílias como os Dreimans da Ucrânia, a jornada começou com medo e incerteza, mas eventualmente se transformou em um novo capítulo esperançoso. Alina, uma pintora profissional, e Sasha, um empresário de investimentos, junto com sua filha pequena, fugiram de Kharkov, devastada pela guerra. Por meio do programa, eles encontraram não apenas um lar no Kibutz Merchavia, mas também uma comunidade ansiosa para ajudá-los a ter sucesso.

“Parecia que as pessoas estavam esperando por nós e que nos amavam”, Sasha compartilhou.

“Quando vejo essas famílias felizes, confiantes e prósperas em sua terra natal, isso me lembra por que nosso trabalho é importante”, respondeu Valerie.

À medida que mais famílias imigrantes chegam a Israel, a necessidade de apoio contínuo cresce. Por meio da doação generosa de nossos amigos cristãos em todo o mundo, a ICEJ pode patrocinar mais olim (recém-chegados) judeus em programas como o First Home in the Homeland para que essas famílias possam florescer e desfrutar de uma rede de segurança de apoio. Não se trata apenas de encontrar um lugar para ficar — eles estão encontrando uma comunidade calorosa e acolhedora.

Doando hoje, você pode ajudar a fornecer moradia, aulas de hebraico e treinamento profissional para novos imigrantes determinados a reconstruir suas vidas em Israel. Programas como ‘First Home in the Homeland’ são essenciais para atender às necessidades de novos imigrantes.

Seu apoio ajuda essas famílias enquanto elas constroem suas novas vidas em Israel. Junte-se a nós para causar um impacto duradouro. Doe para nosso fundo de Aliá e Integração hoje mesmo em:  help.icej.org/aliá

Foto principal: A vice-presidente de Assistência Social e Aliá da ICEJ, Nicole Yoder (E), entrega uma sacola de presentes para novos imigrantes.