Cristãos se juntaram aos judeus na comemoração do 125º aniversário do Primeiro Congresso Sionista
Data: 7.9.2022Declaração de Impresa por David Parsons, Vice-Presidente & Porta-Voz Sênior Internacional da ICEJ
Traduzido por Julia La Ferrera
As recentes celebrações do 125º aniversário do Primeiro Congresso Sionista, realizado em Basileia de 28 a 30 de agosto de 2022, receberam ampla cobertura da mídia, mas a maioria dos relatórios não notou a importante reunião de várias centenas de cristãos no mesmo local, no salão do Stadt Casino, para iniciar os três dias de observâncias com uma conferência destacando o papel cristão na restauração moderna de Israel.
O escritório suíço da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, liderada pelo diretor nacional da ICEJ Suíça, René Emmenegger, organizou o encontro cristão, que foi realizado no domingo, 28 de agosto, pouco antes de o salão ser entregue à Organização Sionista Mundial para seu programa de três dias, encabeçado pelo presidente israelense Isaac Herzog.
A conferência da ICEJ contou com uma série de líderes e acadêmicos cristãos e judeus, incluindo representantes das igrejas tradicionais e modernas, que apresentaram uma poderosa mensagem de apoio e amizade cristãos ao Estado judeu.
O presidente da ICEJ, Dr. Jürgen Bühler, abriu a conferência e vários estudiosos sobre Theodor Herzl e o movimento sionista também falaram, antes que o vice-presidente de Assuntos Internacionais da ICEJ, Dr. Mojmir Kallus, fizesse o discurso de encerramento.
“Cinquenta e um anos após o Primeiro Congresso Sionista, realizado neste mesmo salão em 1897, o Estado de Israel milagrosamente nasceu”, disse o Dr. Bühler no encontro. “Eu acredito que você pode dizer hoje, que aqueles fundadores do Estado de Israel que se reuniram aqui neste salão, 125 anos atrás, eles nunca poderiam imaginar o que está acontecendo em Eretz Israel hoje – que Israel se tornou a “Nação Start-Up” e líder em pesquisa e desenvolvimento global. Estamos aqui hoje para celebrar o que Deus fez com o povo judeu e também para afirmar nossa posição e apoio ao estado judeu nos próximos anos”.
Os delegados cristãos na conferência da Basileia emitiram uma série de resoluções, afirmando seu apoio a Israel e abordando várias questões atuais importantes que o Estado e o povo judaicos enfrentam. As resoluções primeiro destacaram os sucessos notáveis do movimento sionista ao longo das décadas, principalmente o renascimento de Israel como nação em 1948, mas também que esses sucessos tiveram um grande custo e, em particular, com o Holocausto. Os delegados também afirmaram a histórica Declaração de Seelisberg de 1947, emitida por proeminentes líderes cristãos e judeus também reunidos na Suíça, logo após o Holocausto, que buscava envolver os cristãos mais plenamente na luta contra o antissemitismo e criar uma nova base para o diálogo judaico-cristão dali para frente.
Outras resoluções importantes adotadas na conferência de Basileia declararam:
“Afirmamos a nação renascida de Israel hoje como evidência da fidelidade de Deus ao Seu relacionamento duradouro de aliança com o povo judeu, selado pela primeira vez com o Patriarca Abraão, cerca de quatro mil anos atrás. Esta aliança, que antecede a fé cristã em dois milênios, nunca foi encerrada e, de fato, é irrevogável de acordo com a palavra de Deus. É importante que os cristãos entendam e respeitem o lugar central da Terra de Israel no judaísmo e na identidade judaica”.
“Afirmamos que o direito de Israel de existir como nação em paz e segurança é indiscutível. Este princípio foi devidamente reconhecido pela comunidade internacional, ao reconhecer os direitos e reivindicações históricas e pré-existentes do povo judeu à Terra de Israel, na Declaração Balfour de 1917, na Conferência de San Remo de 1920, no Mandato Britânico sobre a Palestina aprovado pela Liga das Nações em 1922, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 e a aceitação de Israel como estado-membro da ONU em 1949. Celebramos hoje este legado de Israel ocupando seu lugar de direito entre as nações, que é um cumprimento da visão de Herzl de um estado judeu reconstituído servindo como um porto seguro para as comunidades judaicas das ameaças duplas de antissemitismo e assimilação”.
“Afirmamos que o antissemitismo continua sendo uma ameaça predominante para o povo judeu hoje e deve ser rejeitado e combatido pelos cristãos em todos os lugares.”
O conjunto completo de resoluções da Conferência da Basileia pode ser acessado em: