Por Marelinke van der Riet
Traduzido por Julia La Ferrera

No aniversário de um ano dos massacres de 7 de outubro, apoiadores cristãos de Israel ao redor do mundo se reuniram para se solidarizar com a nação e o povo judeu. Durante esses eventos memoriais, muitos deles liderados por escritórios nacionais da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém (ICEJ), os cristãos se juntaram aos judeus para expressar seu firme compromisso de se alinhar a Israel enquanto ele continua a se recuperar dos devastadores ataques terroristas realizados pelo Hamas. Cidade após cidade, as comunidades cristãs e judaicas do mundo todo se uniram em lembrança e oração pelas vítimas dessa imensa tragédia e suas famílias sobreviventes.

Filipinas 
Em Manila, a equipe da ICEJ Filipinas liderada pelo pastor Steve Mirpuri organizou um poderoso evento de solidariedade que atraiu cerca de 2.500 participantes, incluindo clérigos cristãos e judeus e líderes comunitários, para um momento significativo de unidade. O embaixador de Israel nas Filipinas, Ilan Fluss, deu uma mensagem sincera de gratidão e esperança. Um membro da comunidade judaica liderou uma oração Shema, enquanto o presidente da Associação Judaica das Filipinas expressou sua apreciação pelo apoio cristão. Um bispo proeminente, que também é congressista, entregou uma mensagem retumbante pedindo que as igrejas filipinas se unissem a Israel.

Um dos momentos mais pungentes aconteceu quando Camille Jesalva, uma cuidadora filipina de 31 anos, compartilhou sua experiência angustiante durante os massacres de 7 de outubro. Jesalva estava cuidando da sobrevivente do Holocausto Nitza Hefetz, de 95 anos, no Kibutz Nirim, perto da fronteira com Gaza, quando militantes do Hamas atacaram. Buscando refúgio em um abrigo antiaéreo, as duas foram confrontadas por um terrorista armado que invadiu o abrigo. Em um rápido ato de bravura, Jesalva implorou por suas vidas e entregou suas economias e smartphone, pedindo apenas para ficar com seu passaporte e documentos. O terrorista pegou o dinheiro, mas as deixou ilesas. A coragem e a decisão de Jesalva de ficar em Israel para continuar cuidando de Hefetz, apesar do trauma, lhe renderam profunda admiração, principalmente dos israelenses.

O evento liderado pela ICEJ foi uma colaboração de dez organizações cristãs e marcou a primeira vez que membros importantes da comunidade judaica da nação compareceram a um evento cristão. Eles descreveram o encontro como “fantástico” e profundamente emocional, destacando a crescente solidariedade entre cristãos e judeus na nação insular.

EUA 
Em Washington, D.C., o primeiro aniversário dos massacres de 7 de outubro foi marcado por um significativo encontro inter-religioso pró-Israel no National Mall, liderado pelo The Philos Project (Projeto Philos) com a participação da ICEJ EUA e nossos afiliados American Christian Leaders for Israel (ACLI – Líderes Cristãos Amenicanos por Israel). O evento, supervisionado pelo diretor executivo da Philos, Luke Moon, atraiu cerca de 60 organizações de diversas origens. O foco era demonstrar unidade entre linhas culturais e religiosas, especialmente diante do crescente antissemitismo.

Dra. Susan Michael, diretora nacional da ICEJ EUA, abriu o comício enfatizando o compromisso cristão global com Israel. Ela destacou que a Embaixada Cristã em Jerusalém é a maior organização sionista cristã do mundo, com presença em mais de 170 países. Troy Miller, presidente da National Religious Broadcasters (Emissoras Religiosas Nacionais), também assegurou à comunidade judaica que a mídia cristã continuaria a compartilhar suas histórias, contrariando as narrativas frequentemente unilaterais da grande mídia.

Um momento notável foi o discurso do senador JD Vance, o candidato republicano à vice-presidência. Vance condenou os protestos pró-Hamas nos campi universitários americanos e enfatizou que a luta de Israel contra o Hamas deve terminar com o retorno dos reféns israelenses e a derrota completa do grupo terrorista. “A melhor maneira de acabar com a guerra, e acredito que a única maneira de acabar com a guerra, é se o Hamas deixar os reféns irem”, insistiu Vance. Ele acrescentou que o Hamas começou a guerra em 7 de outubro, mas “Israel vai terminá-la”.

O evento também incluiu uma procissão até a Casa Branca, onde os participantes exibiram fotos das vítimas das atrocidades de 7 de outubro e dos reféns ainda mantidos pelo Hamas, fazendo uma poderosa declaração de conscientização e solidariedade.

“Saí tão inspirado depois do comício de hoje”, refletiu o Rabino Chaim Steinmetz da Congregação Kehilath. “Foi realmente uma luz de esperança em um dia tão difícil. Obrigado por sua amizade e companheirismo.”

Países Europeus 
Os ecritórios da ICEJ por toda a Europa sediaram eventos semelhantes para homenagear as vítimas dos massacres de 7 de outubro e expressar solidariedade a Israel. Na Letônia, um evento em uma congregação cristã em Riga foi realizado em parceria com a Embaixada de Israel. Tal Solomon, irmã de Hilly Solomon, que foi assassinada nos ataques, compartilhou sua dor. Apesar da grande perda, Tal encontrou conforto na demonstração de amor da comunidade cristã. “Testemunhamos a mão reconfortante de Deus sobre ela e lágrimas de esperança enquanto cantávamos a bênção Araônica sobre sua família”, disse um participante. Tal mantém o legado de sua irmã vivo viajando e compartilhando sua história.

Na Eslováquia, a ICEJ organizou dois eventos na capital Bratislava. Uma cerimônia pública no Memorial do Holocausto da cidade contou com a presença de cerca de 250 pessoas, incluindo o Arcebispo da Igreja Católica, que expressou sua solidariedade a Israel. A cerimônia contou com a leitura dos nomes dos 101 reféns ainda mantidos pelo Hamas em Gaza. Mais tarde, um evento fechado, realizado em cooperação com a Embaixada de Israel, reuniu autoridades governamentais e o corpo diplomático em uma cerimônia de lembrança. Peter Svec, diretor nacional da ICEJ Eslováquia, foi o palestrante principal e representou a comunidade cristã na Eslováquia.

Enquanto isso, na sinagoga principal de Milão, uma delegação da ICEJ Itália compareceu a um evento memorial junto a muitos líderes políticos, jornalistas e outras figuras públicas. Mais de 500 pessoas tiveram que ficar do lado de fora porque não havia espaço para elas lá dentro.

Enquanto isso, em Praga e em muitas outras cidades da República Tcheca, os sinos das igrejas tocaram em uníssono às 19h do dia 7 de outubro em comemoração às vítimas do massacre. E na Irlanda, a equipe local da ICEJ sob Paul Coulter fez parte de uma reunião memorial em Dublin.

Tailândia 
Na Tailândia, um serviço de comemoração realizado na Embaixada de Israel atraiu 350 cristãos. Um ministro de louvor liderou a multidão no canto do Salmo 23, criando uma atmosfera poderosa de paz e conforto. O evento contou com a presença de mais de 700 pessoas, incluindo muitos apoiadores da ICEJ Tailândia, e exemplificou o senso de família e unidade que surgiu globalmente em apoio a Israel.

Austrália 
A equipe da ICEJ Austrália, juntamente com um ônibus lotado de apoiadores, se reuniu em Canberra para o evento de comemoração de 7 de outubro. Isso foi seguido por uma reunião privada organizada pelo Embaixador Israelense em sua residência, com a presença do Ministro das Relações Exteriores, ex-primeiro-ministro e muitos dignitários. E em Brisbane, o embaixador nacional de jovens da ICEJ, Pastor Moises, organizou um lindo serviço memorial.

Um ano de lembrança e determinação
A resposta global ao aniversário do massacre de 7 de outubro serve como um poderoso lembrete dos laços duradouros entre Israel e seus amigos cristãos. Das Filipinas aos EUA, e da Europa à Ásia, essas reuniões de solidariedade reforçaram a mensagem de que Israel não está sozinho em sua luta por segurança e paz. À medida que o mundo continua a testemunhar a resiliência do povo israelense, também esperamos por um futuro de paz, onde a memória daqueles que caíram em 7 de outubro seja devidamente honrada. Essas cerimônias de lembrança também destacam a importância de permanecermos juntos contra o terror islâmico radical.

Foto principal: Uma reunião memorial acontece na Irlanda para lembrar os massacres de 7 de outubro.